Olho da minha pequena janela
a minha planície infinita...
de todas elas a mais bela.
Olho o céu de tons azulados
envolto em mantos de algodão.
Sinto o aroma a ciprestes
e de outras flores campestres.
Ouço cantar o melro e a cotovia
neste meu amado Alentejo.
Infelizmente também o meu Alentejo
está a mudar nestes tempos de modernidade.
Já não vejo as chaminés a fumegar,
muito poucos são os animais a pastar.
Saudades do meu tempo de mocidade!
Alentejo de outrora do meu viver e encanto.
Hoje não há crianças a brincar á luz do luar,
nem gente sentada em cadeiras de buinho,
onde iam desfiando a vida deles e do vizinho.
As tabernas também fecharam as portas,
casas onde jogavam e bebiam copos de três
do nosso vinho… o melhor néctar português.
Leo Marques
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